Pai

     As vésperas de mais um segundo  domingo de agosto, mês dedicado e, de convite, à vocação, entra em pauta a figura do vocacionado a ser pai. Nessa vocação, o homem encontra seu dom mais sublime, o dom de criar o seu semelhante. O dom de ser um procriador de Deus. Missão, esta, que está muito além do que, simplesmente, garantir, ao filho, o pão material de cada dia. É de obrigação do pai e, de direito do filho, se esperar muito mais.
      A figura do pai é de ser espelho para que o filho possa se espelhar. É na figura do filho, baseado nos exemplos que esse vive, que se espera um segundo pai amanhã. Não são objetos de valores materiais que prova o amor de pai por um filho, como se prega muito na sociedade pois os verdadeiros valores, para um filho, são abstratos, não há como tocá-los. esses valores estão ligados aos chamados valores incondicionais: amizade, carinho, afeto, atenção, sua companhia, seu auxílio, o seu amor...
      É comum se ouvir na atualidade que os filhos já não são mais os mesmo. Sim, pois os pais, sobretudo, também, já não são os mesmo. Estes adotaram posturas que fazem com que sua procria não o veja como tal, não o veja como o famoso herói que, em tempos sábios, se ouvia falar. O filho, não tem mais a proteção que lhe é de direito, se encontrar entre os braços desse seu protetor que é o seu pai. Pai, esse, cuja a modernidade, lhe dá o direito de se substituir, precocemente, por estranhos quando seu filho, ainda de berço, é encaminhado a creches pois forças sociais como trabalho e correria do dia-a-dia, são mais importantes. Com a ausência desse pai, o filho fica sem a oportunidade e sem o direito de absolver o fator primordial desse seu semelhante, que é o conhecimento, seus costumes, suas virtudes.
      Que este dia que se aproxima, o pai possa, primeiramente, reencontrar seu verdadeiro significado, que é válido constantemente e, não apenas, um só dia do ano. Que esse pai não perca sua oportunidade de abraçar o seu filho e deixá-lo viver o quanto esse pai o ama.